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quinta-feira, 6 de março de 2014

True Detective: Não é “apenas” um seriado


Dois policiais com personalidades distintas tentam desvendar um assassinato com requintes de crueldade. Claro que todo mundo já viu essa história antes, mas dificilmente com uma abordagem tão inteligente e arrebatadora como a de “True Detective”, escrita por Nic Pizzolatto, dirigida por Cary Joji Fukunaga e exibida pela HBO.

Os investigadores são Rustin Cohle (Matthew McConaughey) e Martin Hart (Woody Harrelson), atores que brindam os espectadores com apenas oito episódios, uma tiragem limitada. “Os personagens principais irão mudar na segunda temporada. Cria-se uma marca, e cada uma delas fica com começo, meio e fim bem-definidos”, explica Marcelo Hessel, editor do site Omelete.

Um formato que, segundo ele, é uma tendência. “Não existe a figura de um produtor, que costuma centralizar o programa, é uma estrutura de criação mais próxima do cinema”, diz. “Quando os estúdios sabem como um projeto começa e termina, fica mais fácil de se planejar. O conceito de homogeneidade é importante e os canais a cabo estão investindo nessas antologias, como aconteceu com ‘American Horror Story’ (FX)”, acrescenta Davi Garcia, do site Ligado em Série.

“True Detective” sinaliza o fim da frustração comum de muitos espectadores que vêm programas interrompidos pela metade, graças a audiências modestas. “Eu acho interessante porque quem realiza essa nova safra não fica à mercê de um mercado. Eu mesmo gosto de séries, como ‘Mad Men’, cujo anúncio de término me fazem sofrer”, brinca Hessel.

Bem alinhavado por esse “tratamento cinematográfico” e um controle criativo incomum no meio, “True Detective” é de tirar o fôlego. Alguns minutos de distração e perde-se o fio condutor do episódio. Tudo por causa das referências de Pizzolato, que mergulhou na literatura de horror de mestres como H. P. Lovecraft e Robert Chambers – com “The King in Yellow’, publicado em 1895 – além de referências a filósofos como Nietzsche.

“A forma de como os eventos são narrados, com passagens temporais que misturam presente, passado e, ainda uma terceira linha temporal, faz com que o espectador seja o terceiro detetive da trama”, considera Garcia. Os quase 55 minutos de duração parecem ser reduzidos pela metade, e são temperados por sexo, drogas e a country music de T Bone Burnett.

Seriemaníacos. Por ser tão especial, não demorou a “True Detective” dividir os fãs de série entre os que se viciaram e os que não viram. Nas redes sociais, ela é o assunto da vez (a fanpage do Facebook contabiliza mais de 593.296 usuários que curtiram), mas é sempre prudente tomar cuidado com os spoilers.

“Os realizadores conseguiram condensar em torno de ‘True Detective’ um aspecto mitológico que lembra ‘Lost’, por exemplo. As divagações de Cohle lembram as de Locke na ilha. Sua mítica, ao mesmo tempo, emula aspectos bacanas de ‘Os Sopranos’. Há os métodos investigativos na linha de ‘The Wire’, porém, com conceitos expandidos. Ela tem o melhor de várias outras séries para construir uma história que instiga”, elogia o editor do Ligado em Série.

A artesã Carola Rodrigues ouviu falar da série na internet. “Até o Moby postou comentários em seu perfil no Facebook. Quis saber qual era a de ‘True Detective’, que alguns comparavam a ‘Twin Peaks’, responsável pelo meu amor por esse tipo de atração na TV. Não tem muito a ver, mas existe o mistério, além de grandes atuações. É uma história difícil, com personagens complexos. Não é um simples entretenimento”, pondera.

A publicitária Daniele Pires também a considera muito particular. “Os atores são o primeiro atrativo. O McConaughey e o Harrelson são incríveis, e não fazem televisão. Aliás, eles reforçam uma qualidade da própria HBO, que nas séries que produz foge da estética convencional se equiparando ao cinema. Não dá para saber como cada episódio vai se desenrolar, pois o roteiro não é óbvio. Fiquei curiosa para ler ‘The King in Yellow’”, conta.

http://www.otempo.com.br/

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